エピソード

  • #32 Entrevista Sr. António Vallejo
    2022/07/29

    Data: Junho 2022

    “Sempre me dei com todos, ninguém tem nada a dizer de mim”

    "Gostava muito de enfarinhar as raparigas. Lembro-me de uma vez em que decidi enfarinhar uma amiga, a Teresa Mouraz, e apanheia à entrada da Urgeiriça, onde ele trabalhava. Quando chegou, já eu estava à espera dela."

    “Houve um torneio de futebol em Nelas e fui convidado para ir dançar, porque dançava muito bem, mas havia um rapaz que não se dava bem comigo e meteu-se comigo. Eu e uns amigos acabámos por virar as mesas que estavam cheias de comida para o torneio. Para não nos baterem, retirei os fusíveis para não haver luz e, sempre que um saía da casa, apanhava. Nós não levámos uma tareia porque estávamos resguardados do lado de fora, à porta.”

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  • #31 Entrevista D. Natália Correia Lopes
    2022/07/29

    Data: Abril 2022

    “Tinha cá em Canas as amigas todas que estavam todo o ano à espera de que nós viéssemos para brincar. E depois trazíamos novidades lá de Lisboa”

    “Não sei cantar, mas eu punha-me à frente do espelho com um xaile da minha mãe e punha-me a cantar”

    “O meu conselho para as crianças de hoje em dia é que tenham mais respeito, que é o que falta”

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  • #30 Entrevista D. Maria Dias dos Santos Lopes
    2022/07/29

    Data: Fevereiro 2022

    “Desde sempre que me chamam assim, quando era pequena nem sabia que o meu nome era, na verdade, Maria e não Mariazinha”

    “Lembro-me de que o fogão era aceso logo às 8h00 da manhã e, às 9h30, tomávamos o pequeno-almoço. A essa hora, já o padeiro tinha passado e o Sr. António ordenhado a vaca e levado o leite”

    “Estava a fazer 4.º ano (antiga 4.ª classe), quando o meu pai me tirou da escola e disse que tinha de ir ajudar a minha avó, que estava doente e vivia em Canas de Senhorim”

    "Lembro-me de quando se cozia a broa, na nossa casa. Era uma festa."

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  • #29 Entrevista D. Beatriz Correia Leitão
    2022/07/29

    Data: Abril 2022

    “A minha casa era um barracão, sem janelas e tinha apenas duas portas. Os dois quartos eram separados por tábuas e não havia casa-de-banho, nem água e luz. Éramos oito irmãos”

    “Ia para a escola a pé, quer nevasse, fizesse chuva ou calor, e demorava uma hora a chegar. No inverno, levava um xaile da minha mãe na cabeça e uns tamancos calçados, lembro-me de chegar à escola encharcada”

    “No Carnaval, a minha mãe fazia sempre migas doces e bebíamos café, andávamos sempre desejosos que chegasse o Entrudo”

    “Mesmo no tempo da guerra de 1945, a minha mãe tinha senhas para uma determinada quantidade de arroz, açúcar, sabão, entre outras coisas, mas muitas vezes nem levantava tudo, porque não havia dinheiro”

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    51 分
  • #28 Entrevista D. Maria Júlia Capelo
    2022/07/29

    Data: Abril 2022

    “O meu primeiro e único brinquedo foi uma boneca de celulóide, que se podia tirar os braços e pernas. Foi a minha companhia quando tive sarampo, ainda muito pequena”

    "Perdi um ano porque os meus pais não me deixaram fazer a viagem de comboio ou autocarro até Viseu, para fazer o exame, com medo que apanhasse tuberculose"

    “Comecei a ouvir uns zunzuns e apercebi-me de que estavam a falar de mim, com pena, e a dizer que me podiam ter dado uma nota melhor. Calhou o professor estar a sair da sala e atirei-me a ele, arranhei-o todo. Estava furiosa porque tinha-me dado um 4 e eu ia perder um ano. Ele nunca fez queixa de mim, mas eu só voltei àquele liceu já como professora”

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  • #27 Entrevista D. Luísa Abreu Madeira
    2022/07/29

    Data: Abril 2022

    "Só tinha professores particulares, andei no colégio das freiras só para aprender francês, a tocar piano, pintar e desenhar."

    “Uma vez, um dos meus filhos fez uma espera a uma professora, que costumava visitar o ‘Santíssimo’ todos os dias, às 17h, e deu-lhe um banho. Tenho oito filhos e, ainda hoje, não sei qual foi.”

    “Tivemos 18 empregados em permanência, cujas famílias viviam nas casas da quinta. A habitação e o almoço faziam parte do ordenado. Nas vindimas e na apanha da azeitona, eram uns 50 empregados.”

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  • # 26 Entrevista Sr. Joaquim Ferreira
    2022/07/29

    Data: Abril 2022

    "Tinha pouco vagar para brincar, só na escola. Quando vínhamos cá para fora, tinha de guardar as ovelhas."

    “Comíamos caldo verde, batatas, arroz, massas. Lembro-me de roubarmos queijo e broa à minha mãe para dar aos nossos amigos, que não tinham pão e passavam mal.”

    “Ia a pé de Viseu até Nelas, para trabalhar. Tinha 17 anos e costumávamos ir à segunda-feira e voltar ao sábado, de manhã. Durante a semana, dormíamos numa manjedoura, num barracão, e trabalhávamos de sol a sol.”

    “Saudades? De muita coisa, menos de guardar ovelhas.”

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  • #25 Entrevista D. Encarnação Rocha Pinto
    2022/07/29

    Data: Janeiro 2022

    “A primeira vez que celebrei o meu aniversário já tinha mais de 50 anos”

    “Ia para a escola a pé, descalça, e com uma pedra embrulhada num jornal para aquecer as mãos”

    "Tive aulas com a professora Dona Edília e com o Professor Gomes de Almeida. Eles bem que nos queriam ensinar a matéria, mas nós éramos uns maltrapilhos"

    “Lembro-me que enfeitávamos tudo, era muito giro. Ainda hoje sou ferrenha, sou a sócia n.º 8 da associação do Paço”

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    26 分