-
Fabíola Reipert: "As mulheres agredidas pelos jogadores nos procuram. É o recurso que têm para se proteger."
- 2024/11/19
- 再生時間: 1 時間 17 分
- ポッドキャスト
-
サマリー
あらすじ・解説
O 'jornalismo esportivo sério' tem sido absolutamente desleal com repórteres de celebridades.
Foram inúmeras situações que afetaram a Seleção Brasileira.
Envolvendo Neymar, principalmente, Militão, Antony, Rodrygo, Bruno Guimarães entre vários outros.
E que foram reveladas por essa área do jornalismo, mas que jamais foi citada como 'fonte'.
"Há um preconceito, sim. Sem a menor dúvida. É como se o nosso empenho fosse menor. É muito difícil descobrir uma notícia. Várias revelações nossas acabaram influenciando clubes, carreiras, situações na Seleção Brasileira. Só que ninguém tem a preocupação em citar quem divulgou primeiro. Quem trouxe a notícia para o público."
A constatação é de Fabíola Reipert, uma das mais respeitadas jornalistas de celebridades.
Ela trabalha há 26 anos apurando notícias. Foram inúmeros furos.
E os jogadores de futebol passaram, cada vez mais, a serem pautas.
"Olha, vou confessar. Há um antes e depois, envolvendo notícias pessoais de jogadores. E o responsável por isso se chama Neymar.
"Já houve outras estrelas, como Ronaldo, Romário.
"Mas não sei o que o Neymar tem.
"O mundo quer saber tudo de sua vida. E ele adora. Tanto que se expõe. E a gente divulga.'
Fabíola é filha do radialista Guilherme Reipert.
Ficou 11 anos no jornal Agora São Paulo. Está há 15 anos no R7. E, desde 2014, apresente a Hora da Venenosa, no Balanço Geral, da RECORD, com Reinaldo Gottino e Renato Lombardi. Seu quadro dá tanta audiência que até alterou programação de emissoras concorrentes.
"Trabalhar buscando notícias de bastidores de jogadores de futebol é duro. Houve a minha amiga, excelente jornalista, Fernanda Factory, que não aguentou a pressão. Ficou depressiva. Teve vários problemas familiares. E sucumbiu."
Sem querer, jornalistas de celebridades acabaram se tornando 'advogados' de esposas, namoradas ou até amantes de jogadores.
"Algumas delas são agredidas, maltratadas e nos procuram. Antes, elas não tinham defesa. Agora, elas têm."
A entrevista exclusiva com Fabíola Reipert é mais do que reveladora.
O jornalismo esportivo não tem o direito de seguir se aproveitando dos especialistas em celebridades.
E não dar crédito às notícias que eles apuram.