エピソード

  • Episódio 29 - Zé Keti
    2024/09/16

    Zé Keti, nascido em 16 de setembro de 1921, completaria 103 anos HOJE. Claro que o BORORÓ e a Rádio Cultura de Brasília não ficariam de fora dessa celebração. Afinal, a música de Zé Keti é uma celebração da alma carioca e da luta do povo.

    Compositor, cantor e um dos maiores sambistas do Brasil, Zé Keti foi um cronista musical das favelas, das rodas de samba e das injustiças sociais, tornando-se uma voz fundamental na resistência cultural do país.

    Seu legado é vasto e repleto de obras que refletem a vida cotidiana dos trabalhadores, dos boêmios e dos marginalizados. Músicas como "A Voz do Morro", "Mascarada" e “Opinião" tornaram-se hinos da resistência e expressões genuínas das lutas sociais. Ele foi um dos protagonistas do espetáculo “Opinião", um marco na história do teatro brasileiro que uniu música e política em plena ditadura militar, mostrando que a arte podia ser uma poderosa forma de protesto.

    Zé Keti não apenas compôs sambas inesquecíveis, mas também ajudou a construir uma identidade musical brasileira que ecoa até hoje. Seu estilo único, que mistura alegria e melancolia, resistência e celebração, continua a inspirar novas gerações de músicos e amantes do samba.


    Celebrar os 103 anos de Zé Keti é celebrar o poder transformador da música e a persistência de um homem que, através de suas canções, deu voz aos invisíveis e eternizou as paisagens humanas do Rio de Janeiro.

    Seu legado permanece vivo nas rodas de samba, nos corações dos que lutam por justiça e na história da música brasileira. Zé Keti é e sempre será a voz do morro. a voz do povo.


    Bororó também é cultura.

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  • Episódio 28 - Sérgio Mendes
    2024/09/09

    O BORORÓ de hoje é dedicado a um renomado músico, compositor e produtor brasileiro, amplamente reconhecido por sua contribuição à música popular e pelo papel crucial que desempenhou na internacionalização da bossa nova e da música brasileira. Falamos neste episódio de Sergio Mendes falecido na última sexta-feira.

    Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, em 1941, Mendes começou sua carreira na década de 1960 e rapidamente se destacou pela sua habilidade de combinar ritmos brasileiros, como o samba e a bossa nova, com elementos do jazz e do pop, criando um som único e inovador.
    Liderando o grupo Brasil '66, Sérgio Mendes alcançou sucesso internacional com hits como "Mas Que Nada," que se tornaram emblemáticos do seu estilo característico, que mistura suavidade melódica com uma pegada rítmica vibrante. Sua música é conhecida por arranjos sofisticados, harmonias cativantes e a fusão de influências brasileiras com toques de jazz e soul.

    Ao longo de sua carreira, Mendes trabalhou com diversos artistas de renome, incluindo Stevie Wonder, Herb Alpert, e Will.i.am, o que ajudou a manter sua relevância e apelo entre diferentes gerações.
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  • Episódio 27 - Jackson do Pandeiro
    2024/09/03

    O BORORÓ desta semana presta sua homenagem aos 105 anos de uma lenda da nossa música.

    Jackson do Pandeiro, nascido José Gomes Filho em 31 de agosto de 1919, em Alagoa Grande, Paraíba, é uma das figuras mais icônicas da música popular brasileira.

    Conhecido como o "Rei do Ritmo", Jackson do Pandeiro se destacou pela sua habilidade incomparável de mesclar ritmos nordestinos, como o forró, o coco, o xaxado e o samba, criando um estilo único e inovador.

    Filho de um tocador de zabumba e de uma cantora de coco, Jackson começou sua carreira musical ainda jovem, tocando pandeiro em festas e rádios locais. Sua forma de interpretar as músicas, marcada por uma dicção perfeita e um senso de ritmo apurado, conquistou o público brasileiro e o tornou um dos maiores nomes da música nordestina.

    Entre seus maiores sucessos estão "Chiclete com Banana", "O Canto da Ema" e "Sebastiana", canções que se tornaram verdadeiros hinos e são lembradas até hoje pela sua alegria e energia contagiante.

    Jackson do Pandeiro foi um artista que, além de talentoso, soube valorizar e divulgar a riqueza cultural do Nordeste, influenciando gerações de músicos e deixando um legado inestimável para a música brasileira.

    Sua carreira, que atravessou décadas, foi marcada pela autenticidade e pela capacidade de inovar sem perder as raízes. Jackson do Pandeiro faleceu em Brasília, em 10 de julho de 1982, mas sua música continua viva, celebrada por todos que reconhecem o valor e a importância de um verdadeiro mestre do ritmo.


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  • Episódio 26 - Lugares
    2024/08/25

    Nem só de pessoas vive a música popular.

    O Bororó desta semana será dedicado a lugares fundamentais e importantes para a construção da nossa diversidade musical.

    O programa será um passeio pelo século XX, da "Pequena África" e a casa da Tia Ciata no Rio de Janeiro do início dos anos 1900 até chegarmos à Soparia, bar do inoxidável Roger de Renor e um dos berços do manguebeat no Recife dos anos 1990.


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    56 分
  • Episódio 25 - Erlon Chaves
    2024/08/16

    Erlon Chaves foi um artista completo. Começou como cantor e ator mirim e tornou-se um menino prodígio. Estudou piano, arranjo, harmonia e tornou-se um dos maestros mais requisitados do rádio e da televisão brasileira.

    O Maestro Erlon Chaves foi fundamental para a construção de uma identidade musical para a TV brasileira, que naquele período dava seus primeiros passos.

    Compôs o tema de abertura do Festival Internacional da Canção e tornou-se com o tempo seu maestro e arranjador. Em 1970, no V Festival Internacional da Canção, a apresentação de Erlon Chaves e sua Banda Veneno na final do evento provocou a ira de parte da sociedade e da polícia em plena ditadura militar. Contamos essa história em detalhes no programa, de forma a mostrar o racismo e a truculência da qual Erlon Chaves foi vítima.

    Mas enquanto houver memória musical brasileira, a obra de Erlon Chaves jamais será esquecida.


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  • Episódio 24 - Taiguara
    2024/08/12

    TAIGUARA CHALAR DA SILVA. A própria formação do nome desse grande artista brasileiro nascido em Montevidéo mostra a diversidade de sua formação. Homem de nome indígena a falar línguas de brancos com um canto negro em sua força e em seus temas. "Como en Guernica, tu árbol".

    A música em Taiguara fazia parte de uma visão mais ampla da vida em sociedade. Uma visão mais ligada a um projeto de integração latino-americana como uma de suas bases. A impressão que se tem é que Taiguara sentia em seu corpo as dores da vida em uma sociedade maculada pela ditadura civil-militar-empresarial instaurada em 1964.

    Ele foi muito boicotado pela ditadura, mas esse processo de esquecimento não vai prosperar enquanto houver memória musical brasileira.

    Taiguara vive. E Bororó também é cultura.

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    57 分
  • Episódio 23 - Adoniran Barbosa
    2024/08/05

    João Rubinato e Adoniran Barbosa são como criador e criatura. Apesar de Adoniran ser originalmente um personagem criado pelo ator de rádio João Rubinato, temos aqui uma simbiose perfeita - Adoniran Barbosa assume o comando para nunca mais largar.

    Representante máximo do samba paulista, com letras a retratar o cotidiano desigual da cidade que se modifica ao sabor do "progresso" para poucos, Adoniran soube descrever as esperanças, frustrações e curiosidades de uma vida que se transforma junto com a paisagem urbana.

    Raphael Dorsa traz para nós o Adoniran das origens humildes da imigração italiana, a conviver com o desejo de sobrevivência digna em meio ao cotidiano de amores distantes, de destruição das malocas e de negação dos direitos à memória e à moradia. Mas também o Adoniran das situações pitorescas, dos causos curiosos e dos múltiplos talentos.

    Bororó também é cultura.

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    59 分
  • Episódio 22 - Nelson Sargento
    2024/07/31

    O BORORÓ desta semana é dedicado aos 100 anos da presença de NELSON SARGENTO na cultura brasileira.

    Os inúmeros talentos de Nelson Sargento fizeram dele um marco para além do samba. Artista plástico, compositor, cantor, ator, pesquisador e escritor, Nelson Sargento é um dos símbolos e presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira.

    "O samba agoniza, mas não morre", e Nelson Sargento é um dos responsáveis por criar e manter a cultura do samba como uma das nossas artes negras seminais, sem a qual não seria possível compreender o Brasil nos seus diversos matizes.

    Raphael Dorsa traz um programa especial, com tudo que você precisa para aprofundar a compreensão do Brasil e da sua arte na obra de Nelson Sargento.

    Bororó também é cultura.

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    59 分