Os seguidores do Abacateiro no Algarve sugeriram o tema da obsessão pelo corpo perfeito para o podcast e nós cumprimos. A obsessão pelo corpo perfeito nos jovens não é um problema apenas de hoje, já que todos nós nos lembramos dos modelos excessivamente magros com os quais o marketing e os próprios programas de televisão nos brindavam nos anos 80 e 90 do século passado. Felizmente, a realidade mudou e a celebração pela diversidade e a inclusão vieram para ficar, mesmo para marcas de moda e de cosmética, que mudaram os paradigmas do marketing, como é o caso da Dove.

Para as crianças e jovens de hoje esta obsessão pelo corpo perfeito, enquadrada pelo #fitinspiration (inspiração pelo fitness que nalguns casos é levada ao extremo) toma contornos assustadores para pais e responsáveis da saúde. Com o recurso às ferramentas disponibilizadas pela realidade aumentada, como os filtros de beleza para fotografias e vídeos, as crianças e os jovens podem "ver" e aspirar a ideais de beleza baseados na sua própria imagem, o que até há uns anos estaria apenas disponíveis nos consultórios de medicina estética, e que hoje estão em qualquer app de imagem do próprio telemóvel, sem mediação médica nem enquadramento psicológico. 

As ferramentas de controlo parental (de que falamos no primeiro episódio) não são solução para este problema e quando se fala em segurança online, não existe para já qualquer referência à utilização de filtros de beleza. Portanto, o que é que nós como pais podemos fazer para proteger os nossos filhos? Com empatia, comunicação positiva e honestidade.

Links referidos no programa

Projecto Dove Eu Confiante https://www.dove.com/pt/dove-self-esteem-project.html#

Instagram de Celeste Barber https://www.instagram.com/celestebarber/

Página da conta oficial de Celeste Barber https://www.facebook.com/officialcelestebarber

Instagram da psicóloga Filipa Jardim da Silva https://www.instagram.com/filipajardimdasilva.psicologa/?hl=pt

O Abacateiro aconselha:

Vídeo promocional da campanha "Selfie Invertida", para a consciencialização da influência das redes sociais na vida dos adolescentes https://www.youtube.com/watch?v=iztCgZhhUqU

Lemos, Vinícios. "'Exibir corpo perfeito nas redes se tornou angústia na minha vida': o desabafo de uma influencer brasileira". BBC News Brasil. 12-08-2020. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-53746792

Pereira, Mara Dantas & Cerigatto, Mariana Pícaro. 2021. "Culto ao Corpo e suas formas de disseminação através das mídia: uma revisão integrativa no olhar da educação física". Revista Educar Mais. Volume 5, Nº 2. pp. 345-357. Disponível em https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2106

Morales, Juliana. "Tema de redação: a dismorfia do Instagram. Como o padrão estético das redes sociais se tornou irreal e cruel". Guia do Estudante. 12-04-2021. Disponível em https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/tema-de-redacao-a-dismorfia-do-instagram/

Para propostas de parceria enviem email para parcerias@parentalidadewifi.com

Quem são os nativos digitais e que desafios trazem à escola do séc. XXI? De acordo com os dicionários da Oxford, somos todos: pais, professores e alunos, porque todos nascemos ou crescemos rodeados pela tecnologia digital. E gostaríamos que a escola abandonasse os modelos de séculos passados, adoptando a literacia digital como uma prioridade a bem do futuro de todos.

Não é consensual a aplicação do conceito de 'nativos digitais' aos mais jovens, mas em qualquer pesquisa online sobre a tecnologia digital e a sua utilização em contexto escolar e académico 'nativos digitais' aparece como palavra-chave ou como parte do título de qualquer artigo sobre este assunto. Em 2001 Mark Prensky instituiu o conceito, a propósito da crise no ensino americano e o termo "nativo digital" tornou-se moda. O famoso artigo pode ser consultado aqui "Digital Natives vs. Digital Immigrants" https://marcprensky.com/writing/Prensky%20-%20Digital%20Natives,%20Digital%20Immigrants%20-%20Part1.pdf

A disseminação de ambos os termos evoluiu e foi sendo utilizada de forma menos grosseira, principalmente com outras gerações. E chegou-se à conclusão que em vez de alienar os "imigrantes digitais" (AKA os mais velhos) na utilização e desenvolvimento da tecnologia digital, o seu contributo é muito valioso, por ser uma perspectiva com experiência de vida, especialmente pré-digital. A propósito desta visão mais empática do ponto de vista intergeracional,  o Abacateiro no Algarve sugere o seguinte vídeo das TedTalks:

Digital natives vs. digital immigrants | Sree Sreenivasan | TEDxNewYork, 2014 https://www.youtube.com/watch?v=n_9gI0B4nS4 

À parte das lutas geracionais no seio da própria instituição, neste episódio expomos a necessidade da escola utilizar e fomentar a utilização dos recursos digitais disponibilizados pelas principais editoras de manuais escolares, de modo a combater a utilização de fontes não fiáveis de informação por parte dos estudantes. 

Grupo Leya https://auladigital.leya.com/recursos/auladigital#slideShow 

Grupo Porto Editora e Areal https://www.escolavirtual.pt/ 

Para a facilitação da comunicação entre pais e filhos, a propósito do uso do smartphone pelas crianças e adolescentes, no Abacateiro destacamos o trabalho desenvolvido pela investigadora Dr. Deborah Heitner: 

TedTalk: The Challenges of Raising a Digital Native | Devorah Heitner, Ph.D. | 2014.TEDxNaperville, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=eRQdAOrqvGg&t=142s 

Esta investigadora é também autora do livro Screenwise (2016), um guia fundamental para manter aberta a comunicação entre pais e filhos. 

Link de Afiliado do Abacateiro que poderão utilizar para comprar o livro, ajudando assim a promover o nosso trabalho: https://amzn.to/2UgI5ej

Fontes Bibliográficas

'Nativos digitais' não sabem buscar conhecimento na internet, diz OCDE, BBC News|Brasil, disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-57286155 

The digital native is a myth. Nature 547, 380 (2017). https://doi.org/10.1038/547380a 

AaVv. Os nativos digitais no Brasil, disponível em https://www.redalyc.org/pdf/1430/143031143010.pdf 

Os seguidores do Abacateiro no Algarve responderam fervorosamente ao pedido de temas para o podcast e o primeiro tema está aí: como controlar o acesso dos nossos filhos a aplicações como o Facebook e o Youtube?  

RESPOSTA: Com o recurso a aplicações de Controlo Parental. 

Neste episódio falamos da necessidade de observar as recomendações da PEGI https://pegi.info/pt-pt (Pan European Game Information ou em português, informação pan-europeia sobre jogos), e dos benefícios da utilização de aplicações de controlo parental, indicando especificamente quais as mais indicadas consoante a idade da criança e o equipamento utilizado. A partir dos 13 anos de idade da criança, o Abacateiro no Algarve aconselha a por de lado qualquer aplicativo de controlo e monitorização do telemóvel do seu filho, respeitando o direito à privacidade do adolescente. 

Que assunto apaixonante, não acham? 

Acesso às aplicações de Controlo Parental indicadas no episódio: 

Kids Place Controlo Parental (Kiddoware) link aqui https://play.google.com/store/apps/details?id=com.kiddoware.kidsplace&hl=pt_PT&gl=US

Family Link para pais (Google) link aqui https://play.google.com/store/apps/details?id=com.google.android.apps.kids.familylink&hl=pt_PT&gl=US

Microsoft Grupo Família (Microsoft) link aqui https://account.microsoft.com/family/about?lang=pt-br&ru=https:%2F%2Faccount.microsoft.com%2Ffamily%3Flang%3Dpt-br

Em sistema IOS o controlo parental faz parte do sistema operativo dos próprios dispositivos, bastando activá-lo, para as crianças os utilizarem. 

Parcerias & Patronos 

Para propostas de parceria para o podcast Parentalidade Wi-Fi enviem um email para parcerias@parentalidadewifi.com. 

Podem também tornar-se patronos individuais do podcast, bastando para isso contribuir nas plataformas 

BuyMeaCoffee https://www.buymeacoffee.com/abacateiro

Patreon https://www.patreon.com/abacateiroalgarve

Partilhem, subscrevam e sejam bem-vindos ao podcast Parentalidade Wi-Fi! 

Sílvia R. 

by Abacateiro no Algarve 

Referências (Bibliográficas & WEB): 

Dias, P. & Brito, R. (2021) "A Vida Digital das Crianças em Tempos de Covid-19: Práticas Digitais, Segurança e Bem-Estar de Crianças entre os 6 e os 18 anos". CRC-W, Universidade Católica Portuguesa. Joint Research Center (JRC), Comissão Europeia. Acedido em 08/06/2021. Disponível em http://hdl.handle.net/10400.14/32132 

Ponte, C. & Batista, S. (2019). EU Kids Online Portugal. Usos, competências, riscos e mediações da internet reportados por crianças e jovens (9-17 anos). EU Kids Online e NOVA FCSH. Acedido em 08/06/2021. Disponível em http://fabricadesites.fcsh.unl.pt/eukidsonline/wp-content/uploads/sites/36/2019/03/RELATO%CC%81RIO-FINAL-EU-KIDS-ONLINE.docx.pdf 

VIAGE, H. (14/12/2020). "53,6% das crianças tem dispositivo com acesso à internet em Portugal". Forbes Portugal Online. Acedido a 08/60/2021. Disponível em https://www.forbespt.com/536-das-criancas-tem-dispositivo-com-acesso-a-internet-em-portugal/