Existe vida depois da morte?

O que acontece quando morremos?

De onde viemos - Para onde vamos?

O que existe além da nossa "realidade"?

Há uma interconexão entre essas questões.

E elas serão objeto de vários posts.

Neste post, vamos nos concentrar no que acontece quando morremos.

O que acontece quando morremos?

E o que acontece quando alguém querido morre?

Essas perguntas parecem ter a mesma resposta. Mas a motivação por trás delas é diferente.

Na primeira, tentamos nos consolar sobre a sobrevivência após a morte.

Na segunda, tentamos lidar com a dor e a saudade de um ente querido que "se foi".

Antes de responder a essas perguntas, temos que estar na mesma página sobre alguns pontos:

• Com qual parte de uma pessoa nos acostumamos ou nos apegamos?
• E qual parte de nós temos medo de perder quando morrermos?

A resposta para ambas as perguntas é o que você considera "eu" e "você".

E o que é o "você" em você?

A resposta mais provável é a "individualidade". Essa "coisa única" que faz com que uma pessoa se sinta separada das outras.

Podemos relacionar essa individualidade com o Ego e a personalidade (clique aqui para ver um post sobre isso).

E somos tão apegados a essa individualidade...

A primeira vez que cheguei a um estado de não-separação (estado de unidade com o todo) foi incrível e assustador ao mesmo tempo.

Eu não tinha mais individualidade.

Onde estou?

Eu ainda estou existindo?

Cadê aquele cara (eu) que gostava de tantas coisas e tinha tantos planos?

Então, embora seja possível sentir a essência Divina, você costuma se apegar ao Ego.

Nosso medo da morte é o medo de perdê-lo.

E nossa tristeza e saudade são desse Ego de alguém a quem não temos mais acesso.

Se você leu o texto até aqui e pensou nas palavras derivadas de "Ego": egoísmo, egocêntrico, egóico, etc., pode estar pensando em como se livrar do seu Ego.

Em alguns textos das escolas de pensamento orientais, você pode encontrar menções sobre como dissolver o Ego. No sentido de que, após esse processo, estaríamos "sem Ego".

Na minha humilde opinião, trata-se de uma mistura de ideias perdidas na tradução e nuances perdidas ao longo dos séculos. Além disso, as diversas conotações da palavra "Ego" contribuem para essa confusão.

Para mim, o Ego é um construto característico de nossa existência neste plano na "Sala de Aula Terra".

É impossível encarnar como seres humanos nessa frequência sem um Ego.

Ao começar a reagir, você produz eus, o que leva à formação do Ego.

O Ego também existe em planos superiores, em diferentes sabores.

E também recebemos sua influência.

Mas isso será objeto de outros posts.

De qualquer forma, mesmo sem conseguir se livrar do Ego, é possível "curá-lo".

Podemos fazer isso curando os eus (cuja interação forma o Ego).

Nos próximos posts, vamos entender o que significa curar o Ego.

Há uma identificação enorme de você com o seu Ego. Isso é surpreendente, visto que a interação dos eus é tão dinâmica e você ainda é capaz de identificar essa interação com "Você".

Mas você não é o seu Ego. Pelo menos não apenas o seu Ego.

Dentro de você, há mais elementos.

Não é preciso muito para perceber isso.

Você não consegue sentir algo mais por trás da conversa dos seus eus?

Você não sente um aperto no coração porque falta algo além do bate-papo em sua mente?

Quem é o "você" ouvindo o bate-papo dentro de "você"?

Um dos mais importantes desses elementos é a sua Criança Interior. Você pode considerar sua Criança Interior parte de sua essência, parte de sua alma.

Essa essência ou Alma é a chave para sua felicidade e realização.

É uma parte pura de você, não contaminada pela programação social e eus feridos.

Normalmente, nós a representamos ou "vemos" como uma criança (sua Criança Interior). Mas tenha em mente que estamos falando de uma Criança Onisciente.

Em certo sentido, também podemos considerar essa Criança Interior como um Eu-mestre.

Se você deixar esta Criança Interior guiá-lo, em vez dos muitos eus feridos, você será mais feliz e realizado.

Assim, a cura do Ego acontece alinhando-o com a sua Criança Interior.

Para tornar esse alinhamento possível, devemos curar muitos de nossos eus feridos.

Caso contrário, o "bate-papo" deles será muito alto para permitir "ouvirmos" a orientação da criança interior.

É importante entender que os eus são energias.

A interação que forma o Ego e o próprio Ego também são energias. E essas energias são muito mais poderosas do que a maioria das pessoas pensa.

Na verdade, essas energias constituem uma grande parte da própria estrutura de nossa "realidade" aqui na "Sala de Aula Terra".

Portanto, você pode simplificar e pensar apenas no Ego influenciando nossas decisões, sentimentos e emoções. Mas, existe toda uma camada extra representada por essas energias e seus efeitos na criação de nossa realidade prática.

Você não precisa acreditar nisso, mas se acreditar, sua vida na "Sala de aula da Terra" será mais fácil e gratificante.

Existem várias técnicas para curar os eus feridos e alinhar seu Ego com sua criança interior.

Ego amigo ou inimigo? O seu Ego é seu amigo ou inimigo?

Para responder a esta pergunta, é importante primeiro ter um terreno comum sobre o conceito de Ego.

"Ego", "personalidade" e "eu" têm significados diferentes em diferentes escolas de pensamento.

Fizemos um post inteiro explicando o conceito de Ego do nosso ponto de vista (confira clicando aqui).

A versão curta, para nos colocar na mesma página, é:

Para nós, o Ego é a interação dos eus que vivem dentro de você.

Essa interação de eus afeta todas as decisões, emoções e sentimentos que temos. Também tende a dificultar a expressão de nossa essência (nossa Criança Interior).

Então, você pode concluir que o Ego é uma coisa "ruim". Mas não é tão simples quanto parece à primeira vista.

O Ego é uma parte da nossa psique que faz a nossa identidade como seres humanos.

Em certo sentido, representa quem somos e o que somos.

No entanto, há mais do que o Ego dentro de você.

O Ego produz um senso de individualidade e separação entre os seres.

É a "entidade" dentro de nós que anseia por atenção, amor, reconhecimento, pertencer a um grupo, etc.

O Ego também é um mecanismo de proteção.

Para entender esse mecanismo de proteção, imagine:

• O Ego é a interação dos eus;
• Os eus feridos costumam falar mais alto;
• Então, eles tendem a influenciá-lo para evitar situações que possam prejudicá-lo.
• Isso parece ser uma coisa excelente.
• E em algumas situações, pode até ser útil.

Mas na maioria dos casos, o Ego está "ouvindo" a reação dos eus a situações que não fazem mais sentido:

• O Ego pode estar "ouvindo" um eu ancestral que estava tentando fugir de uma fera.
• O Ego pode estar reagindo com base em um eu traumatizado que não teve acesso ao chocolate quando você era criança.
• O eu pode estar reagindo porque foi ferido por uma simples frase ouvida durante a infância.
• Os eus podem estar respondendo com base em situações de vidas passadas que não fazem mais sentido.

Estou super-simplificando essa explicação porque a palavra-chave aqui é a interação dos eus. Em geral, você reage com base no efeito líquido da interação de muitos eus.

E não com base em apenas um ou alguns eus feridos.